Nos últimos anos, o papel das redes sociais nas eleições, especialmente no Brasil, tornou-se um tema de intenso debate e análise. Com a aproximação das eleições presidenciais de 2026, especialistas estão focados em como plataformas como Facebook, Instagram e TikTok influenciarão o resultado final.

Em 2022, as redes já mostraram seu poder, impactando significativamente a percepção pública sobre os candidatos. As estratégias de marketing digital evoluíram, usando dados pessoais para segmentação de mensagens e divulgação de conteúdo viral. Hoje, a discussão se centra em como essa tendência pode ser regulamentada para garantir um processo eleitoral justo.

Um relatório recente da ONG Eleições Limpas indica que mais de 60% das primeiras impressões sobre candidatos são formadas principalmente através de conteúdo consumido online. Os números são particularmente alarmantes entre jovens de 18 a 24 anos, grupo que representa uma fatia significativa do eleitorado e que se informa predominantemente via redes sociais.

Com a introdução de novas políticas de combate à desinformação, plataformas sociais enfrentam o desafio de identificar e moderar conteúdos enganosos sem infringir a liberdade de expressão. O Supremo Tribunal Eleitoral brasileiro está colaborando com empresas de tecnologia para estabelecer diretrizes claras para lidar com fake news.

Além disso, a campanha “Vote Consciente 2026” lança luz sobre a necessidade de educação digital, encorajando os eleitores a verificar fatos e duvidar de informações não corroboradas. Espera-se que essas iniciativas não apenas protejam o processo eleitoral, mas também promovam um entendimento mais profundo e crítico entre os eleitores jovens.

O impacto da tecnologia na política não é um fenômeno isolado ao Brasil, mas com uma população tão conectada, o país serve como um verdadeiro laboratório para o mundo, mostrando caminhos e revelando armadilhas de uma democracia mediada por algoritmos.